Os três melhores trabalhos do Prémio WAIFC para Jovens Académicos 2024
O primeiro trabalho é de Regean Mugume, Analista de Pesquisa no Centro de Pesquisa em Políticas Económicas, no Uganda, com o título: "Delivering double wins: How can Africa’s finance deliver economic growth and renewable energy transition?" ["Conseguindo duplas vitórias: Como pode o financiamento em África promover o crescimento económico e a transição para energias renováveis?"].
Resumo do seu trabalho:
À medida que as economias crescem, tendem a priorizar a industrialização com combustíveis fósseis em detrimento da proteção ambiental, dificultando os esforços para combater as alterações climáticas. Por isso, é urgente abordar a preocupação política crítica de financiar uma transição para energias limpas para garantir um crescimento económico sustentável para as gerações presentes e futuras. Esta pesquisa examina o efeito do desenvolvimento financeiro na transição para energias limpas em 20 países de baixos e médios rendimentos na África Subsariana. O estudo emprega modelos de efeitos fixos e de variáveis instrumentais em duas etapas (IV-2SLS) para analisar o efeito do desenvolvimento financeiro na transição para energias renováveis. No geral, os resultados mostram um efeito positivo do desenvolvimento financeiro na transição para energias renováveis. No entanto, o efeito do desenvolvimento financeiro é significativo apenas para as instituições financeiras, em vez de para os mercados financeiros — um sinal de mercados financeiros fracos na região. Mais importante ainda, os resultados mostram que este efeito do desenvolvimento financeiro na transição para energias renováveis é significativo apenas nos países de baixos rendimentos, ao contrário das economias de rendimentos médios. Recomendamos que os governos da região desenvolvam e promovam produtos inovadores no mercado financeiro, como obrigações verdes e finanças digitais, que apoiem os investimentos do setor privado em energias renováveis. Em relação ao comércio, é fundamental subsidiar as importações de energia verde e amiga do ambiente, enquanto se taxam os produtos não renováveis que promovem o uso de combustíveis fósseis.
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O segundo trabalho é de Adebodun Adebayo, Analista Estratégico Sénior no Nigerian Exchange Group, anteriormente conhecido como a Bolsa de Valores da Nigéria, com o título: "Financial Centers as Drivers of Talent Development and Re-Skilling in Sustainability and FinTech" ["Centros Financeiros como Motores do Desenvolvimento de Talento e Requalificação em Sustentabilidade e FinTech"].
Resumo do seu trabalho:
No dinâmico panorama das finanças modernas, as iniciativas de desenvolvimento de talento e requalificação são fundamentais, especialmente nas áreas de finanças sustentáveis e tecnologia financeira (FinTech). Este trabalho explora as questões críticas em torno da escassez de talento nestas áreas especializadas e sublinha o papel dos centros financeiros em enfrentá-las. Com um foco em sustentabilidade e FinTech, analisa como os centros financeiros podem atuar como polos de cultivo de talento, apresentando iniciativas bem-sucedidas e enfatizando a necessidade de programas de requalificação. O trabalho destaca a integração da sustentabilidade com o FinTech, ilustrando como os avanços tecnológicos podem reforçar os esforços de finanças sustentáveis e o papel crucial dos centros financeiros em promover a colaboração entre especialistas em sustentabilidade e inovadores de FinTech. Assim, ao examinar a interseção entre sustentabilidade e FinTech no contexto do desenvolvimento de talento, este trabalho fornece insights sobre a trajetória futura dos centros financeiros. Oferece recomendações para os responsáveis políticos, instituições financeiras e estabelecimentos educacionais para melhorar as iniciativas de desenvolvimento de talento e adaptar-se às necessidades em evolução da indústria. Este estudo afirma que o investimento contínuo no desenvolvimento de talento é vital para garantir a sustentabilidade a longo prazo e a competitividade dos centros financeiros, posicionando-os na vanguarda da inovação e promovendo mudanças positivas no panorama financeiro global. Além disso, ao defender um investimento contínuo na formação de talento, o trabalho destaca o papel crucial dos centros financeiros não só em manter, mas também em aumentar a sua vantagem competitiva no cenário global. As recomendações apresentadas enfatizam a necessidade de uma abordagem holística que integre avanços tecnológicos de ponta com um profundo compromisso com a sustentabilidade.
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O terceiro trabalho é da autoria do Dr. Tammaro Terracciano, Professor Assistente de Finanças na IESE Business School, em Espanha; e coautoria de Coralie Jaunin, candidata a doutoramento na Universidade de Lausanne, e Luciano Somoza, Professor Assistente de Finanças na ESSEC Business School. O trabalho intitula-se: "Are Green Funds for Real?" ["Os Fundos Verdes são Reais?"].
Resumo do seu trabalho:
Esta pesquisa investiga as reações dos fundos verdes às empresas que abordam a transição climática durante as conferências de resultados. Documenta que os fundos verdes investem significativamente mais em empresas que discutem a transição climática, mesmo controlando a pontuação ambiental. Além disso, após abordarem o tema pela primeira vez, as empresas veem a sua propriedade de fundos verdes aumentar duas vezes mais em comparação com empresas semelhantes. Crucialmente, essas empresas limitam as emissões de carbono um ano após discutirem a transição climática. No geral, os resultados destacam um canal de comunicação eficaz para que as empresas transmitam a sua posição climática aos investidores verdes.
Pode descarregar o trabalho completo aqui.
O nosso Presidente anunciará o vencedor do melhor trabalho e atribuirá um prémio de 3.000 €, e os finalistas receberão prémios de 2.000 € (segundo lugar) e 1.000 € (terceiro lugar) na Assembleia Geral Anual da WAIFC, que se realizará em Tóquio, Japão, a 15 de outubro de 2024.